Há mais de 300 anos, no dia 4 de dezembro, no Centro Histórico de Salvador os baianos seguem a tradição religiosa
em homenagem a Santa Bárbara, no sincretismo religioso, Iansã, como é conhecida no candomblé. Considerada Patrimônio
Imaterial desde 2008 a
festa tem programação para o dia inteiro com direito a queima de fogos e
distribuição de caruru em homenagem a madrinha
do Corpo de Bombeiros e padroeira dos mercados.
O nome Iansã é um título que Oiá recebeu de Xangô. Esse título faz referência ao entardecer. É a divindade dos ventos e das tempestades. Foi mulher de Ogum e depois de Xangô,
seu verdadeiro amor. Xangô roubou-a de Ogum.
Iansã pode ser traduzido como a mãe do céu
rosado ou a mãe do entardecer. Guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender
o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar,
seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. É a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um
homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a
sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oiá
Para os filhos de Oiá, viver é uma grande aventura.
Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo
para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por
reflexão. O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade,
ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer
com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer
um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
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