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Djalma Torres, Antônio Roque, Jidewá e Fernando Carneiro |
No ultimo domingo,16, o líder do
Terreiro Ilê Asé Ode Oluamin, Jidewá Omo Osoosi, comemorou seu aniversário e a
festa de Caboclo em seu templo,encerrando as festividades do ano. Em clima de confraternização a comemoração contou com as presenças dos Pastores Batista:
Djalma Torres e Fernando Carneiro além do líder Messiânico Antônio Roque que
realizaram uma celebração inter-religiosa, diante de um presépio com vários
símbolos de religiões diferentes.
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Presépio montado no Terreiro Ilê Asé Ode Oluamin com símbolos de diversas religiões |
O Messianismo é uma crença que implica na vinda ou
no retorno de um ser divino enviado por uma Divindade, que virá libertar a
Humanidade. O termo "messias" vem do hebraico mashiah e do grego christós.
Presente tanto nas grandes religiões e seitas como em movimentos políticos
utópicos, revolucionários ou populistas. Característico das tradições
judaico-cristãs, um dos casos mais famosos de messianismo aconteceu na
comunidade de Canudos, na Bahia, no final do século 19, onde camponeses pobres
sob a liderança de Antonio Conselheiro buscaram construir uma nova sociedade
baseada estritamente em dogmas religiosos.
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Sal e arroz: símbolos de vida e prosperidade |
A celebração marca mais um
momento na luta contra a intolerância religiosa da vida pastoral de Djalma
Torres, líder protestante, que há mais de quarenta anos trabalha em prol do
ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Por esta atividade, Torres recebeu no último
dia 17, da Presidência da República o Prêmio Direitos Humanos 2012.
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Filhos da casa e pessoas de outras religiões assistem ao culto dos Pastores Djalma Torres e Fernando Carneiro |
O pastor Fernando Carneiro é coordenador do NÚCLEO DE ESTUDO DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA E INDÍGENA (NEAFRO)
– instituição dos militares e servidores civis, fiéis de religiões
afro-indígenas brasileiras, do Quartel General e da Companhia de Comando da 6ª
Região Militar em
Salvador. Criado em 2011, o NEAFRO inovou, agregando as
religiões de matriz africana e indígenas ás festividades da Páscoa dos
Militares, atividade religiosa realizada anualmente no âmbito da Forças Armadas
e Forças Auxiliares, antes englobando apenas as religiões cristãs e espírita.
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Dança em homenagem aos Caboclos |
Como um exemplo de boa convivência
e respeito entre os líderes religiosos presentes, a celebração inter-religiosa terminou com o
Babalorixá dando início ao xiré (sequência de toques e cantigas que são executados durante uma festa de candomblé para saudar os orixás). Jidewá dançou ao som dos atabaques que homenageavam os donos da festa, os Caboclos.
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